sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Recital de Ricardo Castro abre a pauta pianística no Teatro Sesi

Ganhador do 7º  Prêmio Bravo ! De Personalidade do Ano pela criação e coordenação do projeto Neojibá – Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia, Ricardo Castro abriu no dia 8 de outubro a pauta pianística do Teatro Sesi. Para novembro, três grandes apresentações já estão agendadas:  dia 5, será a vez do renomado pianista,  compositor,  maestro e arranjador Wagner Tiso. Também consagrado pianista, compositor e arranjado Francis Hime apresenta-se no dia 11 e Paulo Brasil & Orquestra Sinfônica de Goiânia, no dia 15.
Professor de Música de um exclusivo grupo de jovens pianistas profissionais na Haute École de Musique de Lausanne, Suíça, Ricardo  buscou inspiração no famoso  El Sistema da Venezuela, para implantar na Bahia, sua terra natal, o projeto que tem sido referência para diversos talentos jovens.
Para o seu primeiro recital em Goiânia, ele selecionou composições de Mozart,  Beethoven e Chopin. Antes de tocar a Sonata em Lá Maior KV 331, de Mozart, a Sonata Op.27 nº 2 “Quase Uma Fantasia”, de  Beethoven e as Balladas nº 1 e nº 4, e os Noturnos de Chopin, o pianista falou sobre cada compositor e sua criação.   Com técnica impecável, muita simpatia e  virtuosidade, o artista emocionou a plateia, abrindo as cortinas do Teatro Sesi para as temporadas de recitais e concertos.    

Teatro Sesi ganha piano Steinway de cauda inteira

O belíssimo piano Steinway, cauda inteira,  modelo D norte-americano adquirido pelo Teatro Sesi do Centro Cultural Paulo Afonso Ferreira já se encontra devidamente instalado no palco. Considerados os melhores do mundo, os pianos da marca criada em 1853, em Nova York, são  os preferidos de grandes concertistas como Miguel Proença, Nelson Freire, Arnaldo Cohen, Arthur Moreira Lima e muitos outros renomados pianistas.
 Construído de forma artesanal, cada peça leva um ano para ficar pronta.  Com o instrumento, o Teatro Sesi  equipara-se às mais requisitadas salas de concertos do País, podendo receber nomes importantes da música erudita e popular do Brasil e do exterior.  

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A REALIDADE É DOIDA VARRIDA

 "A arte, quando é boa, é sempre entretenimento "  (Berthold Brecht)
                   
A REALIDADE É DOIDA VARRIDA é uma belíssimo ritual teatral conduzido e interpretado por Marcos Fayad sobre a obra do poeta, ator, escritor, dramaturgo, ensaísta e encenador francês  Antonin Artaud (1896-1948)
Será encenado no anexo do Teatro SESI que ganhou cenografia especial do diretor Marcos Fayad. Apenas 30 privilegiados espectadores por noite assistirão ao ritual e eles poderão, para sentirem-se seguros, reservar seus ingressos pelo telefone: 32690808/ 84626700 e 3269-0800.
Antonin Artaud não precisa de grandes apresentações. Não há no mundo da literatura, do teatro, da filosofia, quem não o conheça pelos seus controvertidos e admirados trabalhos, pelo seu modo peculiar de ser, de se comportar, de ver o mundo a seu redor.
Sobre a sua genialidade, é já grande a obra escrita, apesar de não ser muito fácil encontrar bibliografia traduzida para o português.
Interpretar Antonin Artaud é privilegiar personagens com alta carga dramática, prevista no teatro da crueldade, fora das convenções realistas ou das comédias chamadas ligeiras.
O Teatro da Crueldade de Artaud é um lugar onde não haveria nenhuma distância entre ator e platéia todos seriam atores e todos fariam parte do processo, ao mesmo tempo.
Por isso, o teatro da crueldade é um ritual, valorizando o gestual e o objeto, trocando o lugar de palco e platéia.
A questão que se coloca é de permitir que o teatro reencontre sua verdadeira linguagem espacial, linguagem de gestos, de atitudes, de expressões e de mímica. Linguagem de gritos e onomatopéias, linguagem sonora, onde todos os elementos objetivos se transformam em sinais, sejam visuais, sejam sonoros, mas que terão tanta importância intelectual e de significados sensíveis quanto a linguagem das palavras.
O Teatro da Crueldade é sobretudo a decisão implacável e irreversível de transformar o homem em um ser lúcido. É dessa lucidez que nasce o novo Teatro. Todo nascimento implica também uma morte. Para dar início ao Teatro da Crueldade será necessário, portanto, cometer um assassinato – o assassinato do velho homem, dissimulado, falso, camuflado, controlado, individualista, solitário.
Este ritual foi roteirizado pelos atores Rubens Corrêa e o diretor Ivan de Albuquerque, ambos cariocas e ambos já falecidos. Ivan dirigiu Rubens Corrêa que encenou Artaud dentro do porão do Teatro Ipanema durante sete longos anos e durante todos esses anos o espetáculo permaneceu lotado e virou um clássico na interpretação sagrada de Rubens Corrêa.
Foi o próprio Rubens que ofereceu o texto ao ator e diretor Marcos Fayad para que o interpretasse quando se sentisse maduro e mais seguro – para o ator este é o momento.
Marcos Fayad quis escapar da ditadura da arte linear e realista que se oferece ao público brasileiro através do teatro de comediazinhas ligeiras ou das telenovelas. Seguiu à risca o que propôs Antonin Artaud não apenas colocando no mesmo plano platéia e ator como também cuidando para que sua interpretação fosse oferecida às pessoas que desejam ver no teatro algo além do realismo simplório de histórias lineares com princípio, meio e fim. O ritual não possui distanciamentos e o ator interpreta olhos-nos-olhos com o público presente à sua frente.
Artaud ensinava: -O público só acredita no sonho no Teatro se o aceitar realmente como sonho e não como cópia idiota da realidade. Porque o Teatro nunca é cópia nem realidade, mas sempre sonho.”
Este é o tom do novo trabalho do ator e diretor Marcos Fayad.
Ele tem noção absoluta de que não é um espetáculo para ser visto apenas como espetáculo, da mesma forma que só encarando tudo o que vai se passar dentro do espaço da capela como sonho onde ele encontrará o público, será possível se embebedar com as palavras do louco mais lúcido do século XX Antonin Artaud.

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A REALIDADE É UMA DOIDA VARRIDA
           do ator/poeta/dramaturgo francês Antonin Artaud
               Ritual celebrado e conduzido por Marcos Fayad

Colagem de textos de:
Rubens Corrêa e Ivan de Albuquerque
Sobre:
o ator/poeta/dramaturgo francês Antonin Artaud

Interpretação/Cenografia/Músicas/Figurinos/Direção :_Marcos Fayad

Iluminação: _________________________________Alexandre Greco
Programação Visual__________________________Josemar Callefi
Produção____________________________________Cia.Teatral Martim Cererê
Sonoplatia___________________________________Tião Sodré
Assessoria de Imprensa______________________Valbene Bezerra
Montagem de cenografia______________________Enoch Moya
Apoio Cultural SESI / IPHAN

Agradecimentos: Salma Saddi / Vanderlan Cardoso/ Teco Faleiro / Kid Neto / Rinaldo Barra (Studio Barra) /Guto Della Fávera / Tião Sodré / Adib Elias/ Carlos Gouveia/ Valdeluce Teixeira / Cristina Evangelista

SERVIÇO:
Anexo do Teatro SESI (Av. João Leite, nº 1.013, Setor Santa Genoveva. Telefone: 3269-0800(
Horário:  Rigorosamente às 21h
Preços: R$40 (inteira) e  R$20 (meia)
Apenas 30 espectadores por espetáculo
Reservas podem ser feitas pelos telefone: 84626700/ 3269-0808/3269-0800